Por Árvore do Espiritismo simbolizamos aquela aludida no contexto das Revelações, sem demasiado apego à letra, na variedade de maneiras com que o Alto vem exprimindo a idéia central do foco ou núcleo irradiador dos ensinos superiores de natureza espiritual e moral. Jesus referiu-se a o Reino de Deus. (Mateus, 21:43), em palavras fortes; o Espírito da Verdade, em reunião pública da Federação Espírita Brasileira, em 1920, reportou-se à Árvore do Evangelho, expressão que posteriormente Humberto de Campos também usaria no seu livro, por nós aqui examinado [Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho]. Repetimos que se trata de um símbolo. Árvore do Cristianismo Redivivo seria uma feliz alternativa. Pensamos, entretanto, que Árvore do Evangelho pode ter maior abrangência e exceder, mesmo, o conceito de Espiritismo, em face do sentido de movimento contido neste último e não necessariamente estereotipado no significado profundo e intemporal, universal e de ilimitada grandeza, do Código Crístico, que, no dizer de André Luiz (Mecanismos da mediunidade), por F. C. Xavier, tem a conotação iniludível A de “Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria”. [...]

Referência:
WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco. Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação. Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980. 3 v. - v. 3, cap. 6, it. 4