FEB - Federação Espírita Brasileira - Dedicada a servir e a difundir a Doutrina codificada por Allan Kardec

Espiritismo de A a Z - Sistema de consulta e pesquisa, reúne 2.000 vocábulos e 6.500 definições e conceitos.

Formulário de pesquisa de vocábulos e conceitos espiritas por termo.

JORNALISMO ESPÍRITA

No meio espírita, como é óbvio, a situação muda inteiramente de figura. Ninguém faz profissão na imprensa espírita, ninguém recebe ordem para escrever desta ou daquela maneira. Tudo é espontâneo e desinteressado. A responsabilidade, por isso mesmo, torna-se muito maior ou mais grave. O jornalista profissional pode alegar em último caso: É a política do jornal e eu nada tenho com isso! O mesmo não se dá no meio espírita. O jornalista espírita, aquele que escreve pela e para a Doutrina, evidentemente não o faz por mero prazer intelectual, mas por um compromisso com a causa. Sente-se mais à vontade nesse campo de trabalho e procura ser útil, pois a seara espírita oferece muitas áreas de oportunidade. É um jornalismo de responsabilidade pessoal, acima de tudo, pois quem escreve para qualquer publicação espírita naturalmente pensa nas conseqüências de um artigo ou de um comentário, de vez que uma frase menos clara, uma afirmação nebulosa podem causar muita confusão. E quantas e quantas vezes se faz a matéria e, depois de tudo pronto, logo se verifica que alguma coisa não está certa, algum ponto talvez não seja bem compreendido. Rasga-se o artigo, faz-se tudo de novo. Que significa isto? Consciência de responsabilidade. Vê-se, pois, que o jornalista espírita, embora não seja profissional e, portanto, não tenha interesse material no que escreve, vive os seus dramas íntimos por causa da posição que assume perante a coletividade que lê o jornal espírita. O jornalismo espírita é, na maioria dos nossos órgãos, um tipo de jornalismo diletante, mas nem por isso deixa de ser muito responsável. O fato de escrever relativamente fácil, quando se tem gosto e oportunidade, não quer dizer seja igualmente fácil explanar matéria doutrinária com o necessário cuidado de dosar bem as idéias, a fim de que não fique a menor confusão entre os leitores. É verdade que o nosso público espíJ rita é homogêneo nos aspectos fundamentais, mas é bastante diversificado em suas preferências, reações e tendências. Então, o jornalista deve ter a necessária flexibilidade para transmitir o ensino da Doutrina ou relatar os fatos de um modo capaz de ser entendido tanto quanto possível pelo maior número de leitores. Tudo nos leva, afinal, a reconhecer, pela vivência constante, que não é fácil, não é simples fazer jornalismo espírita, principalmente porque não é um jornalismo de meio de vida: é um jornalismo de ideal!

Referência:
AMORIM, Deolindo. Análises espíritas. Compilação de Celso Martins. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 18

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