Amor livre |
O amor livre, constituindo as relações sexuais irresponsáveis, é costume milenar da Humanidade, somente com a diferença de que, na atualidade, tomou proporções gigantescas, transformando-se em costume não censurado e até mesmo aprovado no seio das organizações familiares e da sociedade. [...] O amor livre é a relação sexual sem compromisso, sem vínculo jurídico e afetivo duradouro, tendo por única finalidade a satisfação dos desejos e instintos sexuais, seja por parte do homem ou da mulher. Neste relacionamento de prazeres inferiores, momentâneos e passageiros, nem o homem nem a mulher interessam-se pela formação de laços afetivos que possam decretar uma vida conjugal responsável e permanente. Nesta ligação não entra o sentimento sincero de ambos os parceiros, nem procuram desenvolvê-lo. O romance amoroso existe e perdurará enquanto os impulsos genésicos entre ambos forem bastante fortes, pois, caso contrário, havendo diminuição da atração e dos desejos sexuais, extingue-se a já frágil união carnal e surge daí a separação natural. A expansão do amor livre é também resultado da divulgação da filosofia materialista que ensina a buscar o máximo de prazer enquanto há vida, saúde e tempo, não importando os meios para chegar-se aos fins colimados. |
Referência: Sexo e evolução. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
No amor livre, sendo a satisfação do instinto sexual o objetivo único, procura-se fazer sempre do parceiro ou parceira mero instrumento do prazer sensual. Na busca incessante das sensações inferiores, as criaturas desinteressam-se pelos valores do sentimento, os quais são os únicos que poderão formar uma união ideal, que trará a paz, a alegria e a segurança relativas para a dupla de corações. A prática do amor livre pode atender à volúpia dos desejos e sensações inferiores da criatura, mas não fará bem para a alma de ninguém, pois todo coração somente alimentará alegria, através da afeição que garanta a estabilidade emocional e psíquica. |
Referência: Sexo e evolução. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
Amor livre, uma expressão / Que vive a se contrapor: / Amor em si não é livre; / Se é livre não é amor! |
Referência: Sexo e evolução. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
Se conseguimos um diálogo franco e aberto com nossos filhos, poderemos apresentar-lhes essas informações [sobre sexo e responsabilidade] e discutir com eles a questão tão controvertida e propagada do amor livre. Bem disse o Chico Xavier. “Se é livre, não pode ser amor, porque o Amor é com responsabilidade.” [SILVEIRA, Adelino da. Chico de Francisco – A Terceira Resposta]. O melhor caminho é o uso da sexualidade com a consciência dessa responsabilidade. E é exatamente a atitude responsável dos jovens enamorados que mostrará aos Espíritos a eles ligados que haverá uma oportunidade para a reencarnação mais à frente, em condições muito mais propícias ao bom êxito do projeto que os traz de volta à vida carnal. |
Referência: Os caminhos do amor. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
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