SUBLIMAÇÃO |
[...] O caminho do equilíbrio é representado pela senda estreita de um mecanismo psicodinâmico denominado sublimação. É um processo extremamente difícil, pois implica processos dolorosos de renúncia, de repressão equilibrada e de investimento da energia libidinal em objetivos mais elevados. Sublimação difere em gênero, número e grau de repressão, racionalização, intelectualização, identificação, deslocamento, projeção, formação reativa, isolamento, etc. Pessoas puritanas, rígidas, formalísticas tendem a ser intolerantes, susceptíveis, rancorosas, ciumentas e invejosas, enfim, neuróticas, bloqueando o próprio desenvolvimento espiritual. |
Referência: Psiquiatria e mediunismo. 2a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995.. |
A definição concisa de sublimação, segundo o Dicionário de Filosofias e Ciências Culturais, Editora Matese é: Chama-se sublimação ao desvio das energias sexuais para fins não sexuais. Desta forma, as manifestações estéticas do homem são sublimações das energias da libido, desviadas para fins não sexuais. Esta conceituação está de acordo com os esclarecimentos dos Espíritos porque a energia sexual é a energia da própria vida e não existe somente para ser aplicada nas relações sexuais de caráter fisiológico. [...] Sendo patrimônio do Espírito imortal, ela não está anulada e extinta nem mesmo nas criaturas em vida celibatária severa, pois esta energia manifesta-se no corpo físico mas não está limitada às expressões simplesmente fisiológicas. [...] O caminho da sublimação das energias sexuais é o caminho do amor, da caridade, do trabalho pelo progresso da Humanidade, materializado em nossos hábitos enobrecidos e ações edificantes. [...] |
Referência: Sexo e evolução. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
Sublimação é um dos processos da psicanálise de Freud. Consiste num mecanismo inconsciente que desvia a energia do impulso sexual chamado libido para manifestações de natureza não sexual. Essas novas formas mascaram o instinto grosseiro em representações nobres, altruístas e socialmente úteis e, portanto, aceitas pela sociedade. Estão nesta linha as vocações, os impulsos, os ideais religiosos, artísticos, filosóficos, e mesmo científicos. Equivale figurativamente a uma purificação. A pessoa julga-se movida por um ideal nobre. No entanto, está apenas metamorfoseando, ou sublimando, algum apetite instintivo de ordem inferior em outro de natureza superior. No caso em tela da luta de classes, a sublimação se processaria, segundo nossa tese, pelo desvio do instinto de agressão e de luta manifesto pela sua natureza material socioeconômica para uma exteriorização de ordem socioespiritual. Mas, no sentido da progressiva purificação e espiritualização, e não como mascaramento de impulsos instintivos de ordem primária (tese freudiana). [...] A Codificação Espírita também indica, [...] essa sublimação dos instintos em escala ascendente até o amor: (EE-XI, 8, §1o): “Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e (ainda) corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei do amor [...] extingue as misérias sociais”. |
Referência: Estudos de filosofia social espírita. Rio de Janeiro: FEB, 1992.. |
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