Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas |
[...] ela foi formada sem um desígnio premeditado, sem um projeto preconcebido. Alguns amigos se reuniam em minha casa num pequeno comitê; pouco a pouco esses amigos me pediram permissão para apresentar seus amigos. Então não havia um presidente: eram reuniões íntimas, de oito a dez pessoas, semelhantes às que existem às centenas em Paris e alhures. Todavia, era natural que em minha casa eu tivesse a direção do que ali se fazia, seja como dono, seja também em decorrência dos estudos especiais que havia feito e que me davam certa experiência na matéria. O interesse que despertavam essas reuniões ia crescendo, embora não nos ocupássemos senão de coisas muito sérias; pouco a pouco, um a um, foi crescendo o número dos assistentes, de tal forma que o meu modesto salão, muito pouco adequado para uma assembléia, tornou-se insuficiente. Foi então que alguns dentre vós propuseram que se procurasse outro cômodo e que nos cotizássemos para cobrir as despesas, pois não achavam justo que eu suportasse sozinho, como até então ocorria. Entretanto, para nos reunirmos regularmente, além de um certo número e num local diferente, era necessário que nos conformássemos com as prescrições legais, ter um regulamento e, conseqüentemente, um presidente designado. Enfim, era preciso constituir-se uma sociedade; foi o que aconteceu, com o assentimento da autoridade constituída, cuja benevolência não nos faltou. Era também necessário imprimir aos trabalhos uma direção metódica e uniforme, e decidistes encarregar-me de continuar aquilo que fazia em casa, nas nossas reuniões privadas. [...] [...] somos, antes de tudo, uma Sociedade de estudos e de pesquisas, e não uma arena de propaganda. [...] |
Referência: Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita. Org. por Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
Fundada a 1o de abril de 1858.E autorizada por decreto do Sr. Prefeitode Polícia, em data de 13 de abril de1858, de acordo com o aviso do Exmo. Sr. Ministro do Interior e da Segurança Geral. [...] A Sociedade tem por objeto o estudo de todos os fenômenos relativos às manifestações espíritas e suas aplicações às ciências morais, físicas, históricas e psicológicas. São defesas nela as questões políticas, de controvérsia religiosa e de economia social. [...] é administrada por um presidente-diretor, assistido pelos membros de uma diretoria e de uma comissão. |
Referência: O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores. Trad. de Guillon Ribeiro da 49a ed. francesa. 76a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
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