PAIXÃO |
[...] está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal. [...] Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem. [...] As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. [...] Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa, e este excesso se torna um mal, quando tem como conseqüência um mal qualquer. |
Referência: O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita. Trad. de Guillon Ribeiro. 86a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
Paixão é como o oceano, / As águas vivas da Terra: / Manso, é o cálice da paz, / Bravio, parece a guerra. |
Referência: Centelhas de sabedoria. Por diversos autores espirituais. Rio de Janeiro: FEB, 1976.. |
Depreende-se, do texto ditado pelos Espíritos e das observações de Kardec [O Livro dos Espíritos, q. 907 a 912], que as paixões nascem em sentimentos e necessidades naturais da alma e, por isso mesmo, não são intrinsecamente más. Elas, na verdade, representam verdadeiras alavancas que podem multiplicar por dez a energia humana na direção dos objetivos colimados pela criatura, resultando, assim, em recursos valiosos que podem levar o homem a grandes realizações. Advertem, contudo, os Espíritos reveladores que o abuso delas gera o mal e, para nosso correto entendimento, usam uma metáfora, comparando as paixões aos cavalos, que são úteis, quando dominados pelos homens e perigosos, quando não controlados. |
Referência: Os caminhos do amor. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
[...] todas as paixões inferiores que carregamos para o túmulo são calamidades mentais a valerem por loucura contagiosa [...]. |
Referência: Justiça Divina. Pelo Espírito Emmanuel. 11a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006.. |
Paixão é cardo na areia / Que o rochedo traz na face, / Qualquer maré que se alteia / Arranca o broto que nasce. |
Referência: Trovas do outro mundo. Por trovadores diversos. 4a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.. |
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