INICIAÇÃO
[...] A iniciação era uma refundição completa do caráter, um acordar das faculdades latentes da alma. Somente quando tinha sabido extinguir em si o fogo das paixões, comprimir os desejos impuros, orientar os impulsos do seu ser para o bem e para o belo, é que o adepto participava dos grandes mistérios. Obtinha, então, certos poderes sobre a Natureza, e comunicava-se com as potências ocultas do Universo.
Referência: 
Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos. Trad. de João Lourenço de Souza. 25a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005..
[...] Os Instrutores Espirituais, por sua vez, assim como os demais ensinamentos firmados pelos colaboradores de Allan Kardec, são incansáveis em advertir os médiuns quanto a uma elevação de vistas, no exercício da faculdade, uma renovação cuidadosa do próprio caráter, um critério e uma reeducação à base do Evangelho, que outra coisa não seriam senão uma iniciação, conquanto efetivada à revelia de imposições acadêmicas e inteiramente subordinada à boa vontade, ao esforço e ao discernimento do próprio médium, sem sequer o afastar da sua vida comum de relação, o que parece mais meritório e honroso do que as antigas iniciações realizadas sob o jugo férreo das Academias de Doutrinas Secretas.
Referência: 
Devassando o invisível. Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium. 1a ed. esp. Rio de Janeiro: FEB, 2004..